Lothar Charoux

cronologia: 1948 - 1987



Em 1948, inicia-se um período de transição na obra de Lothar Charoux,
que se volta para questões construtivas, por meio da simplificação da forma.
Nesse ano ocorre sua primeira exposição individual, a qual foi realizada na
Galeria Itapetininga, em São Paulo, onde apresenta a obra Calvário. Em 1949 escreve um artigo intitulado Abstracionismo para o primeiro
número da Revista de Novíssimos. Nesse ano participa da Exposição de
Pintura em Benefício da Campanha de Combate ao Câncer, em São Paulo. A
coletiva foi apresentada no Mês do Câncer e teve apoio da Associação Paulista
de Combate ao Câncer.
Em 1950 realiza uma exposição individual na Galeria do Bar Anjo Azul,
em Salvador, na qual apresenta onze pinturas produzidas entre 1947 e 1949.
No ano seguinte participa da I Bienal Internacional de São Paulo, com a tela
Composição (1951) e do I Salão Paulista de Arte Moderna na Galeria Prestes
Maia, também em São Paulo. Vale ressaltar que o artista participará
regularmente dessas duas exposições nos anos seguintes.
No ano de 1950 Lothar Charoux juntamente com Anatol Wladyslaw,
Geraldo de Barros, Kazmer Féjer, Leopoldo Haar, Luiz Sacilotto e Waldemar
Cordeiro, fundam o Grupo Ruptura, considerado o marco inicial da arte
concreta no Brasil e por meio de uma exposição, apresentam o Manifesto
Ruptura. No final de1956, Charoux participa da I Exposição Nacional de Arte
Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, na qual ganha o Prêmio
de Arte Concreta na categoria Desenho. No ano seguinte, realiza uma
exposição individual na Petite Galerie, no Rio de Janeiro, sendo essa a sua
primeira exposição individual na cidade. Além dessa, o artista também participa
da exposição Arte Moderno no Brasil, a qual itinerou por diversos países da
América Latina, tais como Argentina, Chile e Peru.
Em 1959 participa da Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros
na Europa, sendo exibida na Áustria, Alemanha, Holanda, Portugal e França,
até 1960. Em 1963 integra na Coletiva Inaugural 1, na Galeria Novas
Tendências, em São Paulo, e juntamente com Hermelindo Fiaminghi e Luiz
Sacilotto, Charoux funda a Associação de Artes Visuais NT. Essa galeria virou
ponto de encontro de artistas e arquitetos e tinha por intenção inserir no
mercado a arte de vanguarda. No ano de 1965, Charoux promove sua primeira
exposição individual naquele espaço.
Em 1967 inicia a série dos Tortinhos. Segundo Maria Alice Milliet
representam a criação mais emblemática do artista. Nessas composições o
equilíbrio se dá quando a linha inscrita no quadro fica perpendicular ao piso,
ainda que o quadro fique torto na parede.
Em 1969 participa do I Salão Paulista de Arte Contemporânea, realizado
no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, tendo presença assídua
nas edições posteriores, além da I Exposição Internacional de Gravura, na
Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo.
Em 1971 Charoux participa da I Bienal de Artes Plásticas de Santos e da
exposição Arte Brasileira no Exterior a qual, viajou ao longo de dois anos por
várias cidades dos Estados Unidos da América. Em 1972 é eleito o melhor
desenhista do ano pela Associação Paulista dos Críticos Teatrais – APCT e
apresenta trabalhos em vidro na exposição Múltiplos Brasileiros, realizada na
Galeria Múltipla de Arte, em São Paulo.
Em 1976 desenvolve pesquisas sobre grandes painéis formados por
módulos, que denomina Painel combinado e em 1977 o Banco Safra adquire
um painel com dezesseis módulos para a agência da Praça Oswaldo Cruz, em
São Paulo, e um de vinte módulos para a agência em Curitiba.
Em 1981 integra a exposição Artistas Contemporâneos Brasileiros,
realizado no Escritório de Arte, em São Paulo. Em 1982 participa da mostra
Brasil 60 anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, apresentada
em Lisboa e Londres.
Em 1986 Charoux participa de sua última exposição em vida, ao lado de
Luiz Sacilotto, intitulada Exposição Comemorativa de Aniversário da
Pinacoteca de São Bernardo do Campo.
Lothar Charoux ao longo de sua vida participou de diversas exposições
individuais e coletivas no Brasil e no exterior, principalmente na América Latina
e com isso conquistou diversos prêmios por seus trabalhos. Sua produção
esteve voltada tanto para as pinturas, como para os desenhos e gravuras,
como também para obras tridimensionais. No dia 24 de fevereiro de 1987,
faleceu aos 74 anos vítima de um ataque cardíaco.