sergio camargo

cronologia: 1966 - 1970



1966
Tem sala especial na 33ª Bienal de Veneza, apresentando 22 obras, entre elas a coluna Homenagem a Brancusi e a Torre Modulada na entrada do pavilhão brasileiro. A sala de Camargo é filmada por Clay Perry para um documentário da BBC londrina.

Apresenta-se no 4º Resumo de Arte Jornal do Brasil, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, por ter recebido o Prêmio H. Stern de melhor individual de escultura na cidade no ano anterior.

Em junho encontra-se em Brasília, para o andamento dos trabalhos do Muro Estrutural do Palácio Itamaraty, finalizado em 1967 e oficialmente inaugurado em 21 de abril de 1970.

A Signals publica monografia sobre o artista, com ensaio do crítico de arte Guy Brett. O livro também reproduz aforismos de Camargo, republicados no ano seguinte no jornal Correio da Manhã.

1967
Na Itália, apresenta individual em três cidades – em Milão, na Galleria Del Naviglio; em Roma, na Galleria L’Obelisco; e em Gênova, na Galleria La Polena.

A Galleria Nazionale d’Arte Moderna, em Roma, adquire obra do artista.

Participa de vários salões em Paris, entre eles o Salon de la Jeune Sculpture, no qual apresenta Homenagem a Brancusi nos jardins do Palais Royal.

1968
Entre março e maio apresenta-se individualmente na Gimpel & Hanover Gallery (Zurique, Suíça) e na Gimpel Fils Gallery (Londres, Inglaterra). Uma versão menor de Homenagem a Brancusi apresentada em Londres é adquirida por Joseph H. Hirshhorn e hoje integra o acervo permanente do Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, em Washington, que também possui Dupla Coluna (1964), adquirida no ano anterior, e a coluna n. 399 (1973).

Participa da 4ª Documenta em Kassel, na Alemanha, apresentando quatro relevos e Homenagem a Brancusi, instalada no Orangerie.

Em Saint-Paul-de-Vince é inaugurada a coletiva “L’Art Vivant 1965-68” na Foundation Maeght, com curadoria de François Wehrlin. Nela apresenta Torre Modulada, que no ano seguinte seria instalada definitivamente no Musée des Sables.

Entre novembro e dezembro realiza individuais na Galleria Notizie 2 (Turim, Itália) e na Gallery Buchholz (Munique, Alemanha).

Realiza tríptico para a agência do Banco do Brasil em Nova York. Devido a uma greve nos estaleiros americanos, a obra é instalada apenas no ano seguinte.

A Contemporary Art Society adquire o relevo n. 141 (1967) para o Ulster Museum, em Belfast, Irlanda.

1969
Em maio, individual do artista inaugura a Gimpel & Weitzenhoffer Gallery, em Nova York. Mário Pedrosa escreve o texto do catálogo, traduzido para o inglês por Hélio Oiticica e Guy Brett. A montagem da exposição fica a cargo de Rubens Gerchman.

Em junho é inaugurado o Musée des Sables, na praia do Port-Barcarès, na França, por iniciativa de John Craven, com a apresentação de 43 esculturas ao ar livre, entre elas a Torre Modulada de Camargo.

1970
Passa a utilizar nos relevos elementos cilíndricos de maior volume e em muito menor quantidade, aparecendo geralmente em duplas, denominados “trombas”. Sobre o relevo n. 315 [Eclipse], Ronaldo Brito comenta em texto: “Em uma peça de ruptura, incompreensível fora da lógica estrita do trabalho, Camargo atravessa o plano com o volume. Deixando de funcionar como campo projetivo lá está o plano suspenso entre volumes, transformado ele próprio em volume: retângulo espesso entre potentes cilindros” [Camargo, São Paulo, Akagawa, 1990]. Existem três exemplares dessa peça, um deles integrando o acervo permanente do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

As obras recentes são apresentadas em individuais na Gimpel Fils Gallery, em Londres, e na Galleri Gromholt, em Oslo.

Integra a 2ª Bienal de Arte Coltejer, na Colômbia, e a 8ª Biennale Internationale de Menton, na França, dedicada esse ano à América Latina.